Santa Brígida e a visão dos inimigos infiltrados na Igreja
Santa Brígida, da Suécia, foi uma das mais conhecidas Santas da Idade Média. Fundou a Ordem das Religiosas de São Salvador, mais conhecida como Ordem das Brigidinas. Ela promoveu a reforma da Igreja que começava a dar sinais de decadência com o fim da Idade Média. Foi também grande mística, favorecida com visões e revelações relativas à Igreja. Santa Brígida também foi uma das inúmeras Santas que nos alertaram contra a imodéstia.
Referindo-se aos Últimos Tempos, disse: “40 anos antes do ano 2000, o demônio será deixado solto, por um tempo. Quando tudo parecer perdido, Deus, mesmo de improviso, porá fim à maldade”. O sinal desses eventos, continua Santa Brígida, será: “Os sacerdotes deixarão de usar hábito santo e se vestirão como pessoas comuns; as mulheres se vestirão como os homens e os homens como as mulheres.”
Na nossa época, atingida por males derivados daquela mesma decadência da Igreja, os escritos místicos da Santa atraem especialmente o interesse dos católicos perplexos pela crise religiosa e eclesiástica universal. Santa Brígida é co-padroeira da Europa.
Os inimigos infiltrados na Igreja em nome da hipocrisia perseguem e ferem ferozmente os bons. Uma falsa pregação acompanhada de uma perseguição sorrateira ao bem, atrai a cólera divina.
Mas Nossa Senhora obtém a verdadeira misericórdia para os bons e Deus decide reedificar a Igreja Militante, premiando aos bons e fazendo sentir o rigor de sua justiça para os maus e hipócritas impenitentes.
A concordância desta visão com os anúncios do Segredo de La Salette salta aos olhos e dispensa comentários.
Nosso Senhor apresenta à Santa Brígida uma nobre fortaleza que simboliza a Igreja Militante infiltrada pelos seus inimigos. Mas, lhe mostra que essa Igreja merecedora da punição da justiça será reconstruída em virtude das orações da gloriosa Virgem e dos Santos.
“Eu sou o Criador de todas as coisas. Sou o Rei da gloria e o Senhor dos anjos. Construí para Mim uma nobre fortaleza e tenho colocado nela os meus eleitos.
Meus inimigos têm corrompido seus fundamentos e tem dominado meus amigos amarrando-os ao pelourinho a ponto de fazem sair a medula dos ossos de seus pés. Suas bocas são apedrejadas e são torturados pela fome e a sede.
Assim, os inimigos perseguem o seu Senhor. Meus amigos estão agora gemendo e suplicando ajuda; a justiça pede vingança, mas a misericórdia invoca o perdão.”
A Corte celeste vota pela execução da terrível justiça divina. Então, Deus disse à Corte Celestial ali presente:
– O que pensais dessas pessoas que têm assaltado minha fortaleza?
Eles, a uma voz responderam:
– Senhor, toda a justiça está em Ti e em Ti vemos todas as coisas. A Ti foi dado todo juízo, Filho de Deus, que existes sem princípio nem fim, Tu és seu Juiz.
E Ele disse:
– Como todos sabeis e vedes em Mim, pelo bem da Minha Esposa, decidam qual é a sentença justa.
Eles disseram:
– Isto é justiça: que aqueles que derrubaram os muros sejam castigados como ladrões; que aqueles que persistem no mal, sejam castigados como invasores, que os cativos sejam libertados e os famintos saciados.
Então Maria, a Mãe de Deus que a princípio havia permanecido em silencio, disse:
– Meu Senhor e Filho querido, tu estiveste em meu ventre como verdadeiro Deus e homem. Tu te dignaste a santificar-me a mim que era um vaso de argila. Eu te suplico, tem misericórdia deles uma vez mais!
O Senhor respondeu a sua Mãe:
– Bendita seja a palavra de tua boca! Como um suave perfume sobe até Deus. Tu és a glória e a Rainha dos anjos e de todos os santos, porque Deus foi consolado por ti e a todos os santos deleitas. E porque tua vontade tem sido a Minha desde o começo de tua juventude, uma vez mais cumprirei o teu desejo.
Então Ele disse à Corte Celestial:
– Porque haveis lutado valentemente, pelo bem da vossa caridade, terei piedade por ora.
– Vede, reedificarei meu muro pelos vossos rogos.
– Salvarei e curarei os oprimidos pela força e os honrarei cem vezes pelo abuso que sofreram.
– Se os que fazem violência pedem misericórdia, terão paz e misericórdia. Aqueles que a desprezam, sentirão Minha justiça.
Retirado do livro “As Profecias e Revelações de Santa Brígida da Suécia”.
Categorias: Escritos de santos, Orações, Tradição católica, Virtude da modéstia
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Publicado em: 17 de agosto de 2017.
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