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O principal motivo da perdição: a confissão mal feita

O principal motivo da perdição: a confissão mal feita

Um dos motivos que muitas das pessoas caem no inferno é devido à inúmeras confissões mal feitas, sem o devido arrependimento ou acabam cometendo algum sacrilégio ocultando pecados na confissão. Eis o motivo de tantos católicos irem para o inferno.

O livro “Confessai-vos bem” do padre Luiz Chiavarino conta alguns relatos de pessoas que tiveram uma experiência através de revelações sobre pessoas que caíram no inferno por causa de confissões mal feitas.

Discípulo — Padre, poderia explicar-me a razão deste livro?

Mestre — Chamei-o assim por causa do fato seguinte:

Conta-se certa moça, tendo caído por desgraça num desses pecados que tanto envergonham na confissão, vivia triste e desconsolada. Passaram-se assim muitos meses, sem que nenhuma das companheiras da coitada descobrisse a causa de tanta aflição. Nesse ínterim, aconteceu que a sua melhor amiga, muito virtuosa e devota, morreu santamente. Uma noite, a chamam pelo nome, quando está no melhor do sono; reconhece perfeitamente a voz da amiguinha morta que vai repetindo:

Confesse-se bem… se você soubesse o quanto Jesus e bom!

A moça tomou aquela voz por uma revelação do céu, criou coragem e, decidida, confessou o pecado que era a causa de tanta vergonha e de tantas lágrimas. Naquela ocasião, tamanha foi a sua comoção, tão grande o seu alívio que depois disso, contava o fato a todo o mundo, e repetia por sua vez: “Experimentem e vejam o quanto Jesus é bom”.

D. — Muito bem! — acredito nisso plenamente, porque, já fiz mais de cem vezes a experiência de tal verdade.

M. — Pois então agradeça a Deus de todo o coração e continue a fazer boas confissões. Ai daquele que envereda, pelo caminho do sacrilégio! É essa a maior desgraça que nos pode acontecer, porque dela não teremos mais a força de nos afastar, e assim prosseguiremos, talvez até à morte, precipitando-nos no abismo da perdição eterna.

D. — É assim tão nefanda uma confissão mal feita?

M. — É o principal motivo, a causa capital da perdição!

D. — Deveras?

M. — Assim é, infelizmente! São as confissões mal feitas o motivo pelo qual tantas pessoas perdem suas almas e vão para o inferno.

D. — Mas não há exagero nisso?

M. — Exagero nenhum, e nem sou eu quem o diz: afirmam-nos os Santos que melhor conhecem as almas e viu-o Santa Teresa em uma visão.

Estava a Santa rezando, quando, de repente abrem-se diante dos seus olhos uma voragem profunda, cheia de fogo e de chamas; e nesse abismo precipitam-se com abundância, como neve no inverno, as pobres almas perdidas.

Assustada, a Santa levanta os olhos ao céu e:

Meu Deus, exclama, meu Deus! O que é que eu estou vendo? Quem são elas, quem são todas essas almas que se perdem? Com certeza devem ser as almas dos pobres infiéis.

— Não, Teresa, não! Responde o Senhor. As almas que neste momento vês precipitarem-se no inferno com o meu consentimento, são, todas elas, almas de cristãos como tu.

— Mas então devem ser almas de pessoas que não acreditavam, que não praticavam a Religião, que não freqüentavam os Sacramentos!

Não, Teresa, não! Fica sabendo que essas almas pertencem todas a cristãos batizados como tu, e, que, como tu, eram crentes e praticantes…

— Mas se assim é, naturalmente essa gente nunca se confessou, nem mesmo na hora da morte…

— No entanto, são almas que se confessavam, e confessaram-se também antes de morrer…

— Por qual motivo então, ó meu Deus, são elas condenadas?

São condenadas porque se confessaram mal…

… são as confissões mal feitas o motivo pelo qual tantas pessoas perdem suas almas e vão para o inferno!…

Vai Teresa, conta a todos esta visão e recomenda aos Bispos e Sacerdotes que nunca se cansem de pregar sobre a importância da confissão e contra as confissões mal feitas, afim de que os meus amados cristãos não transformem o remédio em veneno; Afim de que não se sirvam mal desse sacramento, que é o sacramento da misericórdia e do perdão.

D. — Pobre Jesus!… São assim tão numerosas as confissões mal feitas?

M.Santo Afonso, São Felipe Néri, São Leonardo de Porto Maurício, afirmam unanimemente que, infelizmente, o número das confissões mal feitas é incalculável.

Eles, que passaram à vida no confessionário e à cabeceira dos moribundos, sabem dizer a pura verdade.

E nós que erramos, de terra em terra, pregando exercícios e missões, somos obrigados a afirmar a mesma coisa.

O célebre Padre Sarnelli, na sua obra “O mundo santificado” exclama:

“Infelizmente são incalculáveis as almas que fazem confissões sacrílegas: sabem disso, em parte, os Missionários de longa experiência, e cada um de nós virá sabê-lo, com grande pasmo, no vale de Josafá.

Não só nas grandes capitais, mas nas cidades menores, nas comunidades, no meio daqueles que passam por piedosos e devotos encontram-se em grande número os sacrílegos…”

Retirado do livro “Confessai-vos bem”. Padre Luiz Chiavarino.

Categorias: Devoção e vida interior, Doutrina católica, Escritos de santos, Regras da vida cristã

Tags: conifissão, penitência, sacrilégio

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Publicado em: 4 de setembro de 2017.

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