
Todos os homens estão automaticamente salvos por Jesus Cristo?
Cristo morreu por todos os homens, no sentido de que todos têm a possibilidade de obter a salvação. Ninguém é excluído.
Mas, para ser salvo de fato, o homem deve aceitar a Graça que Cristo lhe mereceu e oferece-lhe. Se A recusa, permanece em um estado de perdição será condenado eternamente (salvo conversão antes da morte).
Onde se pode encontrar o erro da salvação universal?
O erro da salvação universal, isto é, a tese segundo a qual todos os homens receberam de Cristo não somente a possibilidade de serem salvos; mas mesmo a salvação de fato, parece muito ensinada por Cardeal Wojtyla, no retiro de que já falamos. Eis o que ele disse:
“O nascimento da Igreja que aconteceu sobre a Cruz, no momento messiânico da morte redentora de Cristo, foi, na sua essência, o nascimento do homem, de cada homem e de todos os homens; do homem que – sabendo ou não, aceitando ou não pela Fé – já se acha na nova dimensão de sua existência. Esta nova dimensão, São Paulo a define tão simplesmente pela expressão In Christo, em Cristo.” [217]
E ainda:
“Todos os homens, desde o início até o fim do mundo, foram resgatados e justificados por Cristo e por Sua Cruz.” [218]
O que implicam essas palavras de Cardeal Wojtyla?
Se todo homem, “sabendo ou não, aceitando ou não na Fé” possui o ser em Cristo e está justificado, conclui-se que todos estão salvos e que não haverá condenados.
João Paulo II continuou a favorecer esse erro depois de sua eleição ao Soberano Pontificado?
Tornado Papa, João Paulo II escreveu em sua primeira encíclica, Redemptor hominis:
“Trata-se de cada homem, porque cada um está incluído no Mistério da Redenção, e Jesus Cristo se uniu a cada um, para sempre, por meio deste Mistério (...); o homem, em toda a plenitude do Mistério de que se tornou participante em Jesus Cristo e do qual se torna participante cada um dos quatro bilhões de homens vivos sobre o nosso planeta, desde o instante de sua concepção no seio de sua mãe.” [219]
Se todo homem está, desde o instante de sua concepção, unido para sempre a Cristo, que necessidade pode ainda ter do Batismo e de pertencer à Igreja visível?
Pode-se verdadeiramente pensar que João Paulo II tenha desejado pregar a salvação universal?
Reflitamos sobre o fato de que esse Papa queria fazer Cardeal a Hans Urs Von Balthasar, um teólogo que partilhava da opinião de que o inferno está vazio.
Como se sabe que o inferno não está vazio?
A Sagrada Escritura fala do inferno em numerosas passagens. Na sua parábola do Juízo Final, Cristo dá claramente a entender que homens irão para o inferno:
“Então dirá, ao dirigir-se aos que estão à sua esquerda: “Apartai-vos de mim, malditos, ide para o fogo eterno, que foi preparado para o demônio e para seus anjos” (Mt 25,41).
Muitos homens vão para o inferno?
Parece, efetivamente, que muitos vão para o inferno:
“Larga é a porta e espaçoso, o caminho que leva à perdição, e muitos há que vão por ele” (Mt 7, 13)
A Igreja sempre esteve convencida de que muitos homens se perdem. Era um estímulo de sua atividade missionária, e numerosos cristãos não recuavam diante da dificuldade de pregar o Evangelho e salvar assim o maior número possível de almas.
João Paulo II não falava, entretanto, frequentemente de evangelização? De que servem a Igreja e a evangelização, se todos os homens estão salvos?
Se todos os homens já estão salvos, a missão consiste em dizer aos homens: Trago-vos uma boa nova: sem o saber, vós já estáveis salvos por Cristo!
Têm-se sinais de que João Paulo II interpretava assim a evangelização?
De fato, é dessa maneira que o Cardeal Wojtyla explica o texto de Gaudium et spes §22, que afirma:
“Novo Adão, Cristo (...) manifesta plenamente o homem a si mesmo” Isso quereria dizer que Cristo manifesta ao homem o que já lhe aconteceu; a saber, que possui o “ser no Cristo”:
“A Revelação reside em que o Filho de Deus, por sua Encarnação, uniu-se a cada homem.” [220]
O que se pode dizer dessa interpretação?
Jamais a Igreja compreendeu a missão dessa forma. Ser missionário sempre significou trazer aos homens a salvação pela pregação do Evangelho e pela dispensação dos Sacramentos; e não, anunciar-lhes que já possuem, há muito tempo, essa salvação. “aquele que crer e for batizado, será salvo; o que não crer, será condenado” (Mc 16,16).
Notas:
[217] Cardeal Wojtyla, Le signe de contradiction, Paris, Fayard, 1979, p.123.
[218] Ibid.,p.119.
[219] Redemptor hominis, 13, 3, DC nº 76 (1979), p.301-323.
[220] Cardeal Wojtyla, Le signe de contradiction, Paris, Fayard, 1979, p.134.
Catecismo Católico da Crise na Igreja. Pe. Mathias Gaudron.
Notas da imagem:
O Papa Francisco afirmou que o “ecumenismo vivo”, uma das caraterísticas peculiares da Letônia, é um motivo de esperança e ação de graças. O segundo compromisso do Papa Francisco na Letônia, foi a oração ecumênica na Catedral evangélica luterana de Santa Maria, em Riga, que há mais de 800 anos hospeda a vida cristã dessa cidade. [1]
Referências:
[1] Portal de notícias da Canção Nova. 24-09-2018. Disponível em: https://noticias.cancaonova.com/especiais/pontificado/francisco/discursos/em-encontro-ecumenico-na-letonia-papa-frisa-reconciliacao-e-comunhao/
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