
Podemos assistir a Missa nova?
Mesmo se a Missa nova é válida, desagrada a Deus, enquanto é ecumênica e protestantizante. Representa, ademais, um perigo para a Fé no Santo Sacrifício da Missa.
Deve, então, ser rejeitada. Quem compreendeu a problemática da Missa nova não deve mais assistir-lhe, pois colocaria em perigo a sua Fé, voluntariamente, e, ao mesmo tempo, encorajaria os outros a fazer o mesmo, parecendo dar seu assentimento às reformas.
Como uma Missa válida pode desagradar a Deus?
Mesmo a Missa sacrílega que um sacerdote apóstata celebrasse para se rir de Cristo poderia ser válida. É, todavia, evidente que ofenderia a Deus, e que não seria permitido tomar parte nela.
Do mesmo jeito, a Missa de um sacerdote grego cismático (válida, e celebrada segundo um rito venerável) desagrada a Deus, enquanto que é celebrada em oposição a Roma e à única Igreja de Cristo.
Não se pode, entretanto, assistir á Missa nova quando é celebrada de modo digno e piedoso por um sacerdote católico de fé absolutamente correta?
Não é aqui o celebrante que está em questão; mas o rito que este emprega. É, infelizmente, um fato que o novo rito deu a muitos católicos uma falsa noção da Missa, mais próxima da Ceia protestante do que do Santo Sacrifício.
A Missa nova é uma das fontes principais da atual crise de Fé. É imperativamente necessário se distanciar dela.
Pode-se assistir á Missa nova em certas circunstâncias?
É preciso aplicar à Missa nova regras análogas às que valem para a assistência a uma cerimônia não-católica. Pode-se lá estar presente por razões familiares ou profissionais; mas deve-se comportar-se passivamente, e, sobretudo, não se vai comungar.
O que se deve fazer, quando não é possível assistir todos os domingos à Missa tradicional?
Aquele que não tem a possibilidade de assistir à Missa tradicional está escusado da obrigação da Missa naquele domingo.
O preceito da Missa dominical somente obriga, com efeito, à assistência de uma verdadeira Missa católica. Deve-se, todavia, nesse caso, esforçar-se para assistir à Missa tradicional, ao menos, em intervalos regulares.
Ademais, mesmo se está-se dispensado da assistência da Missa (que é um Mandamento da Igreja), não se está do Mandamento de Deus (“Tu santificarás o Dia do Senhor”).
É necessário então substituir, de uma maneira ou de outra, essa Missa que não se pôde ter: por exemplo, lendo seu texto no missal, unindo-se de intenção a uma Missa celebrada em outro lugar, durante o tempo da mesma, e praticando a Comunhão espiritual.
Como se deve receber a Santa Comunhão?
A Santa Comunhão deve ser recebida com respeito, pois contém Nosso Senhor Jesus Cristo com Seu Corpo, Seu sangue, Sua Alma humana e Sua Divindade.
A melhor forma de exprimir esse respeito é receber a Santa Comunhão sobre a língua, da mão do sacerdote, e de joelhos.
Jesus Cristo afirmou que está realmente presente na Eucaristia?
Sim, Jesus cristo afirmou solenemente Sua Presença Real na Eucaristia:
“Minha Carne é verdadeiramente alimento e Meu Sangue é verdadeiramente bebida. Quem come a Minha Carne e bebe Meu Sangue permanece em Mim e Eu, nele.”(Jo 6, 55).
Nosso Senhor exprimiu essa Verdade em outras ocasiões?
Nosso Senhor muito claramente exprimiu o que é a Santa Eucaristia logo mesmo na Sua Instituição, quando celebrou a primeira Missa, no curso da Última Ceia:
“Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e deu-o a seus discípulos, dizendo: “Tomai e comei, isto é Meu Corpo”. Depois, tomou o cálice, deu graças, deu-o a seus discípulos, dizendo: “Bebei todos, pois isto é Meu Sangue da Aliança, que é derramado por muitos em remissão dos pecados” (Mt 26,26).
Quem negou a Presença Real de Cristo na Eucaristia?
Durante quinze séculos e, salvo algumas raríssimas exceções (o herege Béranger de Tours, no século XI, que terminou por abjurar seu erro), os cristãos creram unanimemente na Presença Real de Cristo na Santa Eucaristia.
Tinham em grande honra esse Sacramento, considerando-o como o mais precioso presente do Senhor. Foi somente no século XVI que os líderes da revolta protestante conseguiram levar multidões a negar a Fé na Eucaristia.
A Comunhão na mão é uma maneira digna de comungar?
Tal como é hoje praticada, a Comunhão na mão não respeita a Nosso Senhor Jesus Cristo realmente presente na Hóstia. Contraria a Fé na Presença Real, e deve ser rejeitada. Nunca existiu, sob esta forma, na Igreja.
A distribuição da Comunhão na mão não é uma prática da Igreja primitiva?
A Santa Comunhão foi distribuída na mão, em certas partes da Igreja primitiva; mas de modo completamente diferente do de hoje.
O comungante se inclinava para a receber; e, ao menos, em algumas regiões, devia ter a mão recoberta por um véu. O sacerdote depositava a Hóstia na mão direita, e o fiel A levava à boca, sem pegá-La com a outra mão.
Essas diferenças de detalhe são verdadeiramente importantes?
Essas diferenças manifestam um estado de espírito completamente diferente do que prevalece hoje. A maneira hoje difundida de tomar a Hóstia se assemelha a um gesto de apossamento e de dominação inteiramente inoportuno para com o Corpo de Cristo.
Essa diferença de espírito entre a prática da Igreja primitiva e a prática atual se manifesta de outro modo?
Essa diferença de espírito se manifesta na grandíssima atenção dada ás partículas. São Cirilo de Jerusalém exorta os fiéis a estarem atentos para que nenhuma delas caísse por terra:
“Toma cuidado para que nada caia por terra. O que tu farás cair, seria como a perda de um dos teus membros. Dize-me, pois: se alguém te desse ouro em pó, não o recolherias cuidadosamente a fim de que nada fosse perdido em tua desvantagem? Não deverias ser muito mais atento para que nenhuma migalha se perca daquilo que é bem mais precioso do que o ouro ou do que o diamante?” [288]
O que manifesta essa exortação de São Cirilo?
Aqui tudo inspira o respeito! Onde se escutam hoje tais advertências? Com a Comunhão na mão, numerosas parcelas caem por terra, sem que ninguém se atente. É uma falta de respeito objetivo para com Cristo.
Se, todavia, a Comunhão na mão já foi praticada na Igreja, como se pode recusá-la hoje?
Esse argumento reproduz um dos sofismas máximos da Revolução Litúrgica: o sofisma do arqueologismo, já denunciado e condenado por Pio XII. [289]
Em que esse argumento é um sofisma?
Esse argumento supõe que aquilo que era bom na Antiguidade cristã seja necessariamente o melhor para hoje, e deva ser preferido a tudo que a Igreja instituiu no curso dos séculos. É evidentemente falso. O que era, originalmente, sem perigo, graças ao fervor primitivo, e porque não houvera ainda heresia contra a Presença Real, pode ser perigoso, desde que os protestantes negam a Transubstanciação. Ademais, o amor é inventivo, e o desenvolvimento progressivo é a lei da vida das criaturas.
É, então, normal que a Igreja tenha desenvolvido bastante, com o tempo, a expressão da Fé e de Seu respeito para com o Santíssimo Sacramento.
Querer retornar às práticas (materiais) da Igreja primitiva é, na realidade, trair o Seu espírito, pois é recusar todo o desenvolvimento que trazia em gérmen e ao qual Ela mesma deu impulso.
Não se pode dizer que recusar hoje a Comunhão na mão é também recusar o impulso e o desenvolvimento progressivo de que é portadora a Igreja?
Uma mudança somente pode ser qualificada de “progresso” de acordo com critérios de avaliação (A proliferação anárquica das células em um organismo vivo caracteriza bem um certo progresso; mas o do câncer, não o da vida).
Ora, trata-se aqui de manifestar a Fé e o respeito para com Nosso Senhor. É, pois, evidente que a Comunhão na mão não constitui um progresso; mas uma regressão.
Ademais, essa prática foi introduzida de modo revolucionário e subversivo no seio da Igreja.
Por que dizeis que a Comunhão na mão foi introduzida na Igreja de modo revolucionário e subversivo?
A Comunhão na mão foi, primeiramente, praticada sem autorização, contra as regras explícitas da Santa Igreja, por alguns grupos muito progressistas.
Em 29 de maio de 1969, a instrução Memoriale Domini indicava essas desobediências, e lembrava, em detalhes, todas as vantagens da Comunhão na boca. [290]
Assinalava que uma enquete feita junto aos Bispos de rito latino manifestava que a grande maioria deles era contra a introdução da Comunhão na mão. [291]
Concluía que o uso tradicional devia ser mantido e exortava vivamente os Bispos, os padres e os fiéis a respeitá-lo com atenção.
Como a Comunhão na mão se difundiu depois ter sido assim condenada?
A Comunhão na mão se difundiu porque esse texto (redigido em nome de Paulo VI pelo Cardeal Gut e pelo inevitável Annibal Bugnini) era liberal.
Depois de ter exposto todas as razões da necessidade da manutenção do costume tradicional, e ter afirmado que o Papa queria essa manutenção, terminava permitindo fazer o contrário!!!
Agora que a questão parecia regulada por tudo o que precedia, o texto acrescentava, com efeito, que, lá onde já havia o hábito de comungar na mão (quer dizer, lá onde já se havia desobedecido!!!), as Conferências Episcopais podiam, se os fiéis o pedissem, e, com certas condições, autorizar essa nova prática.
Quais foram as conseqüências dessa instrução Memoriale Domini?
A instrução Memoriale Domini autorizava, de fato, a Comunhão na mão, ao parecer proibi-la. Na Europa ocidental, e na América do Norte, as consequências foram imediatas: a nova prática, que o Papa afirmava somente autorizar com reservas, como uma tolerância, e por causa do pedido instante dos fiéis, foi, por quase toda parte, imposta em nome da obediência ao Papa a fiéis que nunca a haviam pedido.
Notas:
[288] São Cirilo de Jerusalém, quinta catequese mistagógica, 21; PG 33, 1126
[289] Ver a pergunta nº 63 deste catecismo.
[290] DC nº1544 (1969), p.669-671; ver sobre este assunto Itinéraires nº 163 (maio de 1972).
[291] Em 2115 respostas válidas, 1233 Bispos se opunham categoricamente à introdução da Comunhão na mão, enquanto que somente 567 aprovavam-na sem reservas.
Catecismo Católico da Crise na Igreja. Pe. Mathias Gaudron.
Notas da imagem:
Padre Marcelo Rossi jogando "água benta" nos fiéis de sua igreja.
Para Marcelo Rossi, sua decadência física começou após uma queda em 2010. Mesmo convalescente, o padre não abandonou a exaustiva rotina de trabalho, com sessões de autógrafos do best-seller Ágape que duravam das 11h da manhã às 10h da noite. “Eu estava hiperestressado, debilitado e deprimido. Devia ter parado”, recorda ele. [...] Rossi agora voltou, talvez um pouco mais recatado do que antes, mas com um apetite e esperança enormes. O retorno foi catapultado com sua entrada nas redes sociais. As aparições começaram timidamente há um ano, por iniciativa exclusiva dele. Suas interações fazem um sucesso estrondoso. [...] Hoje, os registros ao vivo de suas missas, com 8 minutos de duração, chegam a ter 1,5 milhão de views. [1]
Referências:
[1] Revista Veja. 15-06-2017. Disponível em: https://veja.abril.com.br/brasil/padre-marcelo-rossi-depressao-anorexia-recuperacao/
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