Existem milagres que comprovam a veracidade da Igreja?
Sempre houve milagres na Igreja, e a existência destes milagres nunca foi tão certa quanto hoje, quando se pode, graças aos conhecimentos e meios de investigação científicos, excluir as explicações naturais com muito mais facilidade do que no passado. A auto-sugestão e a alucinação não têm lugar aqui.
Uma multiplicação de alimentos constatada por várias pessoas que não foram de nenhum modo influenciadas; a ressurreição de um morto; ou a cura súbita de um órgão quase completamente destruído não podem ser explicadas daquele modo.
A Igreja não reconhece um milagre enquanto resta alguma possibilidade, mesmo mínima, de explicação natural. [25]
Todos os milagres são de ordem física?
Ao lado dos milagres ditos “físicos” ( fatos que são fisicamente inexplicáveis pelas meras forças da natureza), há também aqueles que se chamam milagres “morais” (fatos que são moralmente inexplicáveis pelas meras forças da natureza).
Exemplos de milagres morais
A difusão do Cristianismo é um milagre moral, pois nenhuma explicação natural pode dar conta do fato de que doze pescadores sem instrução e sem influência possam ter convertido, em pouco tempo, uma grande parte do mundo; e isto, apesar da oposição dos poderosos e dos ricos. A santidade multiforme que floresce sem interrupção na Igreja, há dois mil anos, é igualmente um milagre moral.
Os milagres provam as Verdades de Fé?
Os milagres não podem provar diretamente as Verdades de Fé, nem forçar a crer, pois então a Fé não seria mais a Fé, mas uma ciência. Eles mostram, no entanto, que a Fé não é uma confiança cega e sem fundamento, que ela não se opõe à razão, e que, ao contrário, é totalmente não razoável descrer!
Notas:
[25] Deve-se ler por inteiro o excelente livro de Georges Bertrin, “Histoire Critique des Evénenments de Lourdes”, Lecoffre, 1905. Encontra-se nesta obra, com todo rigor crítico que se impõe, o relato dos milagres feitos por Deus para convencer a mentalidade moderna, sobre os quais diz o autor com muita propriedade no seu Prefácio: “Eles formam como um capítulo novo de apologética cristã” (p.10).
Entre as numerosas observações que se acham e onde os fatos são examinados com ciência e competência, pode-se ler com proveito o parágrafo intitulado “Forças desconhecidas” (p. 215-229).
O autor responde à objeção clássica das forças desconhecidas da natureza. Mostra, com numerosos exemplos, que essas forças desconhecidas - que se reconhecerão talvez um dia pelo que são - não podem estar em oposição com as leis de que temos conhecimento certo, e, é por isso que alguém se serviria em vão das “forças desconhecidas” para objetar contra a possibilidade de discernir o milagre. E no seu Apêndice, encontram-se duas reflexões interessantes.
“A instantaneidade e as descobertas futuras. Para todo organismo, a pele, os músculos, os ossos, etc, as leis da restauração são as mesmas que as do nascimento e do crescimento, pois elas se confundem com as da nutrição (...).
Nem a sugestão, nem um fluido qualquer (...), nada é capaz de produzir subitamente essas gerações incontáveis de blastos e de células surgidas uma da outra, indispensáveis para restaurar os tecidos danificados do organismo, e, com mais forte razão, os desaparecidos.
A natureza sendo o que é; as leis da nutrição sendo o que são; nenhuma descoberta do futuro saberia desmentir essa verdade, cuja evidência salta aos olhos.
Só Deus pode produzir instantaneamente a nutrição e a restauração dos tecidos, porque só Ele pode prescindir da natureza, de suas forças e de suas leis.” (O texto citado figura na verdade no capítulo I, p.224-226);
“nº30: Que uma lei desconhecida não poderia destruir uma lei estabelecida. Sobre as leis desconhecidas, um sábio médico incrédulo estabeleceu que elas não poderiam contradizer as leis atuais (...)
Nunca há que se temer que uma ciência nova, irrompendo na ciência antiga, venha desconjuntar os dados adquiridos e contradizer o que foi estabelecido entre os estudiosos. (...)
Noções até então desconhecidas, podem ser introduzidas que, sem fazer duvidar das verdades antigas, farão penetrar verdades novas e mudar as noções que temos das coisas, acrescentando fatos imprevistos. Esses fatos serão imprevistos; nunca serão contraditórios.
A história das ciências nos mostra que nunca o edifício das ciências passadas foi invertido pela invasão de uma ciência nova, etc.” (p.560-561)
[Esta nota, pela sua pertinência temática, foi transposta, pelo tradutor brasileiro, para esta obra, a partir do livro de antologia de lições do Cardeal Louis Billot (1846-1931) sobre o Modernismo, “Tradition et Modernisme”, Éditions du Courrier de Rome, 2007, p.101 -102]
Catecismo Católico da Crise na Igreja. Pe. Mathias Gaudron.
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